Conforme o prometido o José Carlos Soares Machado enviou-me, para publicação na página da Família Cortez, o texto que segue.
Primeiro fotografias do Zé Carlos connosco e os retratos da Avó Carolina e do Avô Rodrigo em fundo. A qualidade não é famosa mas dá para perceber.
Em baixo o Zé Carlos com o Avô Cortez
UM REENCONTRO FAMILIAR
150 ANOS DEPOIS...
Fazendo, há muitos anos, do estudo e da investigação da História, e da Genealogia em particular, uma ocupação de tempo livre (infelizmente muito pouco...), fiz aquilo que é mais comum: comecei pelo estudo da minha própria genealogia familiar, antes de passar a outras investigações não directamente relacionadas com a minha própria família.
Como todos os genealogistas, fixei-me ao longo dos anos mais no estudo de certos ramos em detrimento de outros. Em geral, tal acontece porque simpatizamos mais com esta ou aquela personagem da nossa ascendência ou revemo-nos mais em certo antepassado (a genética tem destas coisas...), e daí vem frequentemente uma maior curiosidade em saber sempre mais sobre essa ou essas pessoas. Normalmente, tem obviamente a ver com alguma pessoa ou algum ramo relativamente a quem sentimos maior afinidade ou por quem temos uma, às vezes inexplicável, preferência (sentimental ou intelectual), em função daquilo que fez na vida, mas muitas vezes também, e talvez sobretudo, pela maior facilidade que exista em encontrar maior número de documentos e informações sobre a pessoa ou ramos em causa.
Aconteceu precisamente no meu caso que fiz uma investigação bastante mais detalhada sobre o ramo da minha varonia, e do apelido que por essa via uso – Machado –, descendente do meu Trisavô paterno José Maria.
Da minha investigação - durante anos procurei encontrar registos de nascimento de irmãos ou tios, sem sucesso, - resultava que este seria filho único e também único neto com descendência no ramo do respectivo avô materno.
Entretanto, há cerca de trinta anos chegara às minhas mãos um Livro de Apontamentos manuscrito por este meu Trisavô, cuja posse se foi transmitindo, de acordo com a sua própria vontade, através do filho mais velho de cada geração, até que o meu Pai mo entregou.
Nesse livro, o Trisavô José Maria registou imensas informações pessoais e familiares curiosíssimas, e ainda um conjunto de poemas inéditos (cuja edição estou a preparar). Entre essas informações consta a descrição do seu próprio casamento, há 160 anos, em que diz: “No dia quatorze de Abril de mil oito centos e cincoenta pelas douze e meia horas da manhã, (...) recebi matrimonialmente como minha legítima mulher Dona Maria Cândida de Moraes Sequeira Ferraz (...)” - minha Trisavó Maria Cândida – e acrescenta: “Assistio com procuração sua meu primo Rodrigo Maria Cortez Machado (...)”.
Fiquei intrigadíssimo com a referência a este primo, cuja existência desconhecia, tal como desconhecia como era o parentesco. Este nome não me saíu do espírito e durante cerca de trinta anos procurei localizar esta personagem nas minhas, cada vez mais raras, deslocações à Torre do Tombo e a outros arquivos, para tentar perceber de que lado seria primo e como.
Porém, durante todos estes anos, nunca consegui localizá-lo documentalmente (com excepção de uma publicação recente, mas que não fornecia quaisquer dados familiares), nem encontrei qualquer referência na literatura genealógica, ou ligação familiar quer ascendente quer descendente, que permitisse identificar qualquer ligação à minha própria família. Deixei o assunto um pouco de lado.
A verdade é que, por algum mistério da Natureza (!), o seu nome nunca me saíu do espírito, até que há pouco tempo, folheando distraidamente uma recente publicação genealógica, saltou-me à vista um outro Rodrigo Maria Cortez – cujo último apelido era Fragateiro e não Machado – mas que imediatamente me trouxe ao espírito o outro personagem, que vivera cento e tal anos antes, com um nome tão parecido! A minha intuição, juntamente com muito anos de experiência nesta matéria, levou-me a achar que valia a pena verificar esta pista...
Verifiquei então que sua Mãe usava “Cortez Machado” e seus Avô e Bisavô maternos também! A pista revelava-se promissora... Senti, quase arrepiado, que havia ali qualquer coisa... Senti, muito intuitivamente, que estava finalmente a descobrir, quase duzentos anos depois, que afinal talvez houvesse um ramo “irmão” do meu...
Não consegui, porém, subir mais uma geração, e fazer a ligação ao Trisavô, para assim ter a certeza que não era mera coincidência, uma vez que me foi impossível localizar o assento de baptismo de seu Avô... Faltava esse elo!
Um simples telefonema resolveu o assunto: obtive o número de telefone do Rodrigo e falámos. Ao fim de dois minutos de conversa, depois da minha introdução, ouvi-o, com alguma emoção – creio que mútua - dizer: “Rodrigo Maria Cortez Machado? É o meu Trisavô!”. “Primo direito do meu!”, acrescentei eu. Eram na verdade muito próximos e quase como irmãos...
Três dias depois estava a ser magnificamente recebido na casa de Espadanedo, num almoço simpatiquíssimo, e emocionante, que mais uma vez aqui agradeço à Xuca e ao Rodrigo. Ficámos ainda com muito por falar...
A Genealogia tem destas coisas!!!
Um forte abraço para todos deste “novo” primo,
José Carlos
Para comemorar este reencontro estão todos convidados para um almoço em Espadanedo, em dia a combinar entre 1 de Julho e 30 de Setembro. ( Contamos com os do Brasil e os de Macau).
Adeus a todos e até breve
Rodrigo
Achei fantástica esta história! Então os primos reunem-se outra vez, cerca de 150 anos depois! Pelo que vejo estamos em tempos de reencontros, reuniões, aproximação, resgate de raízes. Eu, de minha parte, fico muito contente!
ResponderEliminarParabéns primo (mesmo afastado acho que posso chamar assim) José Carlos. Parabéns pelas suas pesquisas e pela sua tenacidade!
Rodrigo, contem comigo no almoço em Espadanedo. Esse eu não perco, pois já perdi o primeiro almoço Cortez em Azeitão!
Espero poder ir a Portugal nessa época, ficaria felicíssima em participar.
Beijos a todos. Filipa Cortez Salviano (do Brasil).
Brilhante, simpático e convite aceite!
ResponderEliminarUm abraço
Manuel Alfredo Cortez da Silva Lopes
(manuelopes@gmail.com)
Foi com grande entusiasmo que encontrámos junto ao retrato do nosso avô Alfredo Cortez o "novo" primo José Carlos, que iremos com o maior prazer conhecer em Espadanedo, no encontro anunciado.
ResponderEliminarAo Rodrigo, por ter este nome de família, coube a solução para a pesquisa do primo José Carlos. Sempre há uma justificação para os nomes que se escolhem...
Abraços à Xuca, Rodrigo e José Carlos, principais protagonistas deste acontecimento!
Belinha e Isabel Palha
Pedro Silva Lopes
ResponderEliminarNotámos a tua ausência no lançamento do livro na loja da Luisa, a 18 de Novembro. Devias ter gostado de ouvir a conferência de Rocio Diaz.
Dá notícias.
Luisa (neste momento retida em Barcelona devido à greve dos controladores aéreos) e Isabel Palha
Ui! Que maravilha!!! Mais um primo!!! Mais um encontro CORTEZ!!!
ResponderEliminarA família já é grande, mas pelos vistos é maior do que pensamos!!!
Rodrigo: Conta comigo e com a minha família. Fico muito contente, pois vamos conhecer o José Carlos e encontrar os primos do Brasil!!!. Não vamos faltar.
Beijinhos a todos.
Baita
São só boas notícias!!!
ResponderEliminarQuerida Família,
ResponderEliminarComo já tinha dito eu e o João conhecemos o Zé Carlos e a Isabel há muitos anos. São pessoas de quem gostamos muito e de quem somos amigos. Fiquei radiante com esta história e este reencontro que achei extraordinário. É uma grande mais-valia para a nossa família "adicionar-lhe" estes grandes amigos. Parabéns ao Rodrigo e ao Zé Carlos, pelo trabalho de "campo" que permitiu este encontro.
Um grande abraço para todos,
Luísa e João Pessoa
Rodrigo e Chuca,
ResponderEliminarMuito obrigada pelo convite. Lá estaremos. Grande abraço,
Luísa e João Pessoa
Boa. Eu e a mãe lá estaremos para conhecer os primos. Obrigatória a presença da famíla do Brasil e Macau (vão tratando da viagem). Rodrigo, compra mais terreno para que haja espaço para tamanha famíla.
ResponderEliminarUm abraço a todos.